Estudantes de jornalismo aplicam projetos na área da educação
- Itamar Batista
- 17 de out. de 2017
- 3 min de leitura
Desde o primeiro dia de aula do segundo semestre deste ano, os alunos do oitavo termo do curso de Jornalismo da Unoeste (35 no período noturno e 5 no matutino) estudam as teorias que relacionam os campos da Educação e da Comunicação. A disciplina, que é ministrada pela Profª Drª Thaisa Sallum Bacco, é nova na grade do curso e também é tendência, se mostrando como uma das diversas frentes pelas quais o profissional de comunicação pode se inserir no mercado e aplicar seus conhecimentos.
A ideia proposta é que, depois de um primeiro momento de estudos teóricos, os alunos possam aplicar o que aprenderam em projetos individuais voltados à zona de convergência entre os campos da Educação e da Comunicação. Escolas estaduais, municipais e de música, entidades de acolhimento de crianças e até igrejas foram escolhidas para sediar os trabalhos a serem desenvolvidos. Neles, serão desenvolvidas atividades com o uso de tecnologias da comunicação como Blogs, Documentários, Vídeos para Youtube, Produção de Fotografias e Jornal Mural, e até projetos que envolvem a redação de Poesias, Stop-Motion, Redes Sociais e o Cinema.
Os trabalhos devem ser pensados de forma com que proporcionem aos envolvidos novas formas de ver e pensar o mundo. Além disto, os projetos têm a finalidade de fazer com que os participantes se apropriem do conhecimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e possam, por meio delas, alterar a realidade em que vivem.
Os trabalhos se classificam entre projetos de Mídia-Educação e Educomunicação. Esta distinção se dá a partir de como a prática é idealizada e realizada no ambiente. Na prática, cada projeto será embasado teoricamente sobre dois pensares distintos acerca da área de interface entre a comunicação e a educação.
Mídia-Educação Projetos relativos a esta área de interface voltam-se a educar para, pelos e com os meios. A ideia é que os que se envolvem com o trabalho de interface se apropriem das técnicas e adquiram habilidades para lidar com os meios de comunicação.
Educomunicação
Delimita trabalhos que têm uma proposta mais ampla. A ideia é que os projetos que seguem esta corrente discutam a relação entre as duas áreas e proponham uma educação menos hierarquizada e mais colaborativa. O professor Ismar de Oliveira conceitua a Educomunicação como sendo "o conjunto das ações inerentes ao planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais, tais como escolas, centros culturais, emissoras de TV e rádios educativos". Dentro do conceito existem áreas de intervenção sobre as quais os projetos desta tendência se propõem a trabalhar, sendo elas Educação para Comunicação, Expressão Comunicativa através das Artes, Mediação Tecnológica na Educação, Pedagogia da Comunicação, Gestão da Comunicação, e reflexão epistemológica.
O Olhar Geométrico, um projeto de Educomunicação que visa utilizar a fotografia e suas técnicas na análise da geometria disponível no espaço urbano, é idealizado pela estudante Carol Nezi. As atividades serão realizadas com as crianças acolhidas pelo Lar Santa Filomena, em Presidente Prudente. “Eu estou praticando algo que eu gosto, que é a fotografia, unido então com o propósito educativo, tem se tornado ainda mais interessante”, conta. A área de intervenção definida foi a Expressão comunicativa através das artes.
O blog que hospeda este texto também tem finalidade educomunicativa, haja vista que tem o objetivo de discutir a relevância destes projetos e divulgar o impacto da aplicação de projetos das áreas de interface na sociedade. O professor Ismar denomina este tipo de trabalho como sendo de Reflexão epistemológica.
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