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Projeto educomunicativo oferece prática cidadã para dependentes químicos

  • Nadia Ribeiro
  • 30 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Na última quarta-feira, 22, foi realizado o 1º Colóquio de Comunicação e Educação da Faculdade de Comunicação de Presidente Prudente (Facopp). Dentre os 35 projetos apresentados, um deles tinha como público-alvo uma parcela vulnerável da sociedade: os dependentes químicos em recuperação que integram o Projeto Cristolândia. Trata-se do “Projeto Interrogação: experiência educomunicativa para o exercício da cidadania”, realizado pelo estudante de Jornalismo, Paulo Ribeiro.

O Colóquio apresentou os resultados dos projetos desenvolvidos pelos alunos do oitavo termo de Jornalismo, que cursam a disciplina Educação e Comunicação, em que foram ensinadas ao longo do último semestre deste ano as teorias de mídia-educação e educomunicação. O projeto Interrogação, especificamente, trabalhou com a segunda teoria, que pode ser entendida como um conjunto de ações que visam melhorar a comunicação dentro dos ambientes ao democratizar os recursos de informação.

Paulo Ribeiro já conhecia o Projeto Cristolândia, que recebe apoio da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira, e todas as atividades que são realizadas de forma a contribuir com a recuperação dos dependentes químicos em situação de rua. Então, quando surgiu a oportunidade de trabalhar a educomunicação fora da universidade, buscou por esse público com o ideal de que poderia contribuir com o desenvolvimento daquelas pessoas.

Paulo acredita que ao compartilhar conhecimento, abre-se a possibilidade para que os sujeitos envolvidos desenvolvam senso crítico e tenham a chance de ser um cidadão, de fato, auxiliando na reinserção deles nos espaços sociais.

A proposta do projeto é que os participantes realizassem uma entrevista coletiva com um convidado que falaria sobre mercado de trabalho, no caso, o gestor de pessoas, Fábio Nogueira. Para isso, ele precisou capacitar todos os envolvidos acerca de como se dá a prática jornalística, desde a pauta, que é um roteiro de entrevista e histórico do assunto a ser tratado, até como deveriam se portar no momento da coletiva.


Vídeo explicativo foi publicado no Youtube



“No início, eles hesitaram um pouco, sem saber se conseguiriam realizar as atividades, pois muitos deles não sabiam ler, mas ao longo das reuniões eles foram se soltando”, disse Paulo sobre a recepção que recebeu ao conversar com os participantes pela primeira vez. Foram quatro encontros até a realização da entrevista coletiva.

O resultado surpreendeu Paulo, pois “o nível de conhecimento era baixo, mas todo mundo conseguiu desenvolver pautas e participar da entrevista”, afirmou. Além disso, as atividades realizadas superaram a inicialmente proposta, pois dois alunos se propuseram a fotografar o evento enquanto outro se ofereceu para desenhar uma charge.

Ao final do projeto, Gilvan Camilo, o missionário responsável pelo Projeto Cristolândia, destacou a importância de se falar sobre mercado de trabalho, uma vez que os participantes estão fora dele devido à incapacidade provocada pelo vício. Ele acrescentou que diante disso, os alunos são estimulados a voltar ao mercado e reconquistar um emprego que os ajudem a retomar suas vidas.

Embora não tenha sido publicado no ambiente online nem impresso, dada a natureza do resultado, um vídeo produzido por Paulo foi postado em rede social com fotos dos encontros, alguns momentos da entrevista coletiva e depoimentos dos participantes. Confira o vídeo clicando no aqui.


 
 
 

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